18 de maio de 2011

Parece que escreves o que sinto!

E é o Amor.
É de outro mundo, de uma dimensão à parte.
Os meus pais preocupadíssimos porque não desgrudamos uma da outra, porque não a deixo lá em casa "para ir a algum lado".
Não quero ir a lado nenhum sem ela.
Gosto que ela me acorde de noite para mamar. Tenho saudades dela se não o faz. Estou sempre a dar-lhe beijinhos naquelas bochechas, nos pés, no corpo todo. Não sei se algum dia passará esta fase de lamber a cria.
Todos os dias fico surpreendida nem que seja só com um olhar.
Sinto uma adrenalina imensa de saber que este ser humano nasceu de mim e que se alimenta de mim.
Aprendi a cozinhar.
O meu corpo, céus, tão diferente... Mas sou grata pelo parto que tive, pelas mamas a funcionarem bem, pela cabeça fria de que já precisei e pela resistência.
Hoje estou com 38º de febre por causa duma mastite e continuo feliz, porque ela está bem, saudável. E a dormir.
Tenho sempre medo, que é uma forma de estar mais alerta, mais consciente, mais responsável.
Sou assim no (neste) amor, obcecada, intensa, dedicada até à última gota de sangue.
Nada da tua vida fica igual, conheces limites e emoções diferentes de tudo o que viveste até aqui.

letras. caracteres de uma super-mãe que eu conheço desde sempre. Que teve uma Diana linda. Que olha para a vida de frente. sem rodeios e que sabe lamber as feridas. Que escreve sobre este amor que eu também conheço e entendo. eu, que também me deixo dominar por ele. por vezes de forma doentia. que me deixo ir assim, sem pensar muito. e gosto!
Entendo cada palavra. sinto cada frase e partilho contigo essa ausência que se sente quando não estamos a toca-los, a senti-los, a vivê-los.
Admiro-te muito miga. Só para tu saberes.

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