10 de novembro de 2011

Há coisas que eu adoro ler!

ele dizia ainda te amo no meio das conversas demoradas que tinham. ela achava que era só para a seduzir e corrigia-o. amo-te ainda, que amo-te ainda é uma coisa tão diferente.

ela dizia que não era justo, muito tempo depois, como se tivessem que ser justas as coisas do coração ou da boca ou da pele ou das mãos ou de qualquer outro sítio onde o amor se aloje no nosso corpo.

muitas vezes discutiam sobre o que os tinha separado. ele dizia foste embora. ela respondia deixaste-me ir.

precisamos de razões mesmo quando as razões não são precisas.

ela repetia deixaste-me ir. muitas vezes.

ele nunca lhe disse a tempo que nessa noite ela foi feita de asas. e ele de mãos sem dedos, de garganta sem voz, de passos sem estrada.

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